sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA - TPH (CID F60.4)









Até que ponto, gostar de ser o centro das atenções é normal?
A partir de quando esse desejo se torna patológico?









"Transtorno da personalidade caracterizado por uma afetividade superficial e lábil, dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções, sugestibilidade, egocentrismo, autocomplacência, falta de consideração para com o outro, desejo permanente de ser apreciado e de constituir-se no objeto de atenção e tendência a se sentir facilmente ferido.”    (Fonte: Datasus)

Até que ponto “gostar de o centro das atenções” deve ser considerado algo normal? E quando passa a ser um transtorno?
Os transtornos de personalidade em geral afetam todas as áreas de influência da personalidade de um indivíduo, o modo como ele vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um estilo pessoal de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou às pessoas com quem convivem.

O QUE É O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA?

Apesar de tratar-se de um transtorno de personalidade, o portador de TPH tem um comportamento bastante adequado, sendo que a pessoa pode apresentar manifestações diversas e até opostas, e por serem bem adaptadas, muitas vezes não são vistas como um transtorno, e sim como o “jeito de ser da pessoa”.
É comum que a pessoa nem sinta tanto incômodo, ao contrário do que ocorre com outros transtornos de personalidade, mas pelo contrário, incomoda pessoas com quem convive, devido à sua forma peculiar de agir.
Portadores de transtorno de Personalidade Histriônica têm a tendência de expressar suas emoções de uma forma exagerada e teatral (com emoções excessivamente altas e positivas), são sexualmente provocativos e apresentam um comportamento de busca por atenção, consideram as relações mais íntimas do que realmente são e esforçam-se para ser o centro das atenções.
Ser exótico, extrovertido ou gostar de estar no centro das atenções pode ser uma caracteristica da pessoa. Mas o que e normal e o que é patológico?




Esta forma teatral e exagerada faz com que muitas vezes supervalorizem seus feitos e/ou sentimentos, podendo muitas vezes mentir sobre certos fatos visando receber atenção. 
Um comportamento extrovertido e até exótico, além de gostar de chamar a atenção, não é considerado um comportamento patológico, contudo, quando em exagero, pode ser um indicio de TPH.
Este transtorno representa, em grande extensão, um caso extremo de extroversão. Extroversão envolve tendência de uma pessoa ser amigável e socialmente ousada, falante, afetuosa, festeira, ter muitos amigos, procurar ativamente contatos sociais, ser assertiva e dominante, enérgica, ativa, vigorosa, procurar estímulos fortes, envolver-se em riscos, ser otimista e divertida. Essas descrições de extroversão indicam o caso de uma pessoa claramente histriônica.
São pessoas que buscam ativamente situações que permitam interações sociais, como festas, atividades em grupo, etc.
Tendem a ser gregárias e esforçam-se para manter contato com as pessoas conhecidas. O'Connor e Dyce (2002) e Widiger et cols (2002) descreveram que pessoas com TPH apresentam esses comportamentos muito freqüentemente.
Suas qualidades, contudo, perdem sua força à medida que esses indivíduos continuamente exigem ser o centro das atenções. Eles requisitam o papel de "dono da festa". Quando não são o centro das atenções, podem fazer algo dramático (por ex., inventar estórias, fazer uma cena) para chamar a atenção.
Esta necessidade freqüentemente se manifesta em seu comportamento diante do clínico (por ex., adular, trazer presentes, oferecer descrições dramáticas de sintomas físicos e psicológicos que a cada consulta são substituídos por sintomas novos).

E QUANDO NÃO SE É O CENTRO DAS ATENÇÕES?

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Histriônica sentem-se desconfortáveis ou desconsiderados quando não são o centro das atenções. 
Freqüentemente animados e dramáticos, tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, encantar as pessoas com seu entusiasmo, aparente franqueza ou capacidade de sedução.
A expressão emocional pode ser superficial e apresentar rápidas mudanças. Os indivíduos com este transtorno usam consistentemente sua aparência física para chamar a atenção.
Eles empenham-se excessivamente em impressionar os outros com sua aparência e despendem tempo, energia e dinheiro excessivos para se vestir e se arrumar. Eles podem "caçar elogios" pela sua aparência e se aborrecer com facilmente por algum comentário crítico acerca de como estão ou por uma fotografia na qual, em sua opinião, não saíram bem.
Um sentimento de intitulação manifesta-se na expectativa irracional destes indivíduos de receber tratamento especial. Procuram supervalorizar seus feitos, para assim, receber atenção especial de todos.
Esperam ser adulados e ficam desconcertados ou furiosos quando isto não ocorre. Podem, por exemplo, pensar que não precisam esperar na fila e que as suas prioridades são tão importantes que os outros lhes deveriam mostrar deferência, e ficam irritados quando os outros deixam de auxiliar no "seu trabalho muito importante".
Este sentimento de intitulação, combinado com uma falta de sensibilidade para com os desejos e necessidades alheias, pode resultar na exploração consciente ou involuntária dos outros.

Os indivíduos com este transtorno caracterizam-se por autodramatização, teatralidade e expressão emocional. Eles podem embaraçar amigos e conhecidos por uma excessiva exibição pública de emoções (por ex., abraçar conhecidos casuais com um ardor exagerado, soluçar incontrolavelmente em ocasiões sentimentais de pouca importância, ou ter ataques de fúria). 


CONFUSOS E SUGESTIONÁVEIS
Esses indivíduos têm um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes. Fortes convicções em geral são expressadas com talento dramático, porém com um embasamento vago e difuso, sem fatos e detalhes corroborantes. Por exemplo, um indivíduo com Transtorno da Personalidade Histriônica pode comentar que determinado indivíduo é uma pessoa maravilhosa, porém ser incapaz de oferecer quaisquer exemplos específicos de boas qualidades que confirmem sua opinião.
Entretanto, suas emoções com freqüência dão a impressão de serem ligadas e desligadas com demasiada rapidez para serem profundamente sentidas, o que pode levar a acusações de que estão fingindo.

Por terem emoções oscilantes e sensuais, podem ter vários relacionamentos e diferentes parceiros no decorrer da vida.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Histriônica têm um alto grau de sugestionabilidade.
Suas opiniões e sentimentos são facilmente influenciados pelos outros e por tendências do momento. Eles podem ser confiantes demais, especialmente em relação a fortes figuras de autoridade, a quem vêem como capazes de oferecer soluções mágicas para seus problemas. Eles apresentam uma tendência a curvar-se a intuições ou adotar convicções prontamente. 




Os indivíduos com este transtorno muitas vezes consideram os relacionamentos mais íntimos do que são de fato, descrevendo praticamente qualquer pessoa recém conhecida como "meu querido, meu amigo" ou chamando um médico visto apenas uma ou duas vezes sob circunstâncias profissionais por seu primeiro nome. Devaneios românticos são comuns.
Embora muitas vezes iniciem um trabalho ou projeto com grande entusiasmo, seu interesse pode desaparecer rapidamente. Os relacionamentos a longo prazo podem ser deixados de lado para dar lugar a relacionamentos novos e excitantes.
O risco real de suicídio é desconhecido, mas a experiência clínica sugere que os indivíduos com o transtorno estão em maior risco para gestos ou ameaças de suicídio para chamar a atenção e coagir os outros a um maior envolvimento. O Transtorno da Personalidade Histriônica tem sido associado com taxas superiores de Transtorno de Somatização, Transtorno Conversivo e Transtorno Depressivo Maior.
Existe, freqüentemente, a co-ocorrência de Transtornos da Personalidade Borderline, Narcisista, Anti-Social e Dependente.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA 


Transtorno de personalidade histriônica - São pessoas muito emotivas, hipersensíveis, carentes de afeto, exageradas, superficiais, emocionalmente instável, dramáticas, impacientes, infantis, muito preocupadas com a aparência física (vaidosos) e com notável tendência a exigir excessivamente atenção para si. Expressam suas emoções de forma exagerada, podendo ter rompantes de choro ou raiva por coisa mínima. São muito manipuladores, controlando pessoas e circunstâncias para conseguirem atenção. Fazem uso da manipulação emocional e sedutora, frequentemente vestindo-se de forma sensualmente provocante, encantando e seduzindo pessoas do sexo oposto. 
Podem ser vistas como "camaleões sociais", pois estão constantemente mudando.


Critérios Diagnósticos para F60.4 - 301.50 Transtorno da Personalidade Histriônica
Um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios:
(1) sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções
(2) a interação com os outros freqüentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor
(3) exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções
(4) usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio
(5) tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes
(6) exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada
(7) é sugestionável, ou seja, é facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias
(8) considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.


FONTES:

NUNES, C.H.; HUTZ, C.S. Development and validation of an extraversion scale in the Big Five Personality model. PsicoUSF,  Itatiba,  v. 11,  n. 2, dez.  2006 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712006000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  14  jun.  2011.

Marot, R. Personalidade Patológica. In PsicoSite. Internet. São Paulo. Disponível em: http://www.psicosite.com.br/tra/out/personalidade.htm. Acesso em junho de 2011.

Ballone. GJ. Transtorno de Personalidade Histriônica. In PsiqWeb. Internet. São Paulo. Disponível em: http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=159. Acesso em junho de 2011.

Campos. S. Personalidade Histriônica. In Medicina Avançada. Internet. São Paulo. Disponível em: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/11454. Acesso em junho de 2011.

10 comentários:

Anônimo disse...

A descrição e as características estão incompletas. O TPH é um transtorno muito mais complexo e um dos mais discriminados entre os terapeutas, que na sua maioria evitam comunicar o real diagnóstico em decorrência dos constrangimentos quase sempre gerados pelo paciente ao terapeuta. O paciente portador de TPH dificilmente aceita o diagnóstico, tende a tentar desacreditar o terapeuta e é um forte candidato ao suicídio (sem sintomas prévios) se não for devidamente tratado e principalmente acompanhado permanentemente por um familiar ou terapeuta.

Anônimo disse...

Tenho 51 anos, tenho 31 anos de casada, um filho de 30 anos corretor de imóveis, um neto de 4 anos dele, uma filha de 24 anos fazendo pedagogia na Uerj. Fui diagnosticada com esse transtorno. Será possivel uma pessoa com isso levar uma vida com uma família bem-sucedida? Meu pai morreu em 30/12/2012 e ajudei minha mãe de 81 anos no hospital durante 3 meses revezando as noites e dias, tenho um irmão com esquizofrenia e também ficava com ele em casa nos dias que minha mãe estava no hospital. Choro até hoje a perda dele. Ajudei minha mãe a conseguir o benefício dele sozinha e também iniciar com um amigo advogado o inventário do apartamento que ficou. Um paciente diagnosticado com esse transtorno é realmente tudo isso de ruim que está na psiquiatria ? Consegue levar uma vida normal sem psicoterapia e ter essa vida até hoje que descrevi? Chocada, fiquei chocada, não tenho outra palavra para descrever senão chocada.

Unknown disse...

Calma Gente , existe niveis e variaveis...cada individuo tem uma personalidade , o transtorno tem semelhanças , mas cada caso é um caso.

Unknown disse...

foi diagnostica com cid f 60.4 mas meus medico nnca aceitara que eu teho e fibromialgia e em crise quero morrer. minhas dores sao insuportavel.

Anônimo disse...

A médica me diagnosticou com essa sídrome,só porque estava falando e chorando,sobre os dois abortos que minha filha sofreu!Não prestava nem atenção em mim,pois,como estão de greve e era uma extra que conseguiram me encaixar.Levei exames e laudos anteriores de meu médico,ela não os considerou e só escrevia!No final eu perguntei o que eu faço,pois falo muito e as pessoas já não me suportam e falam na minha cara que falo demais,falei que concordava que falava demais e o que eu podia fazer para melhorar!Ela disse: não sei!Pegou os exames juntou tudo e falou:Tá aí,esses são seus tiau!Pois, o sistema está inoperante,eu não te conheço,o laudo de lúppus é de uma médica clínica,nem se atentou para ler os exames e o relatório em que a reumatogolista afirma que tenho SAF,que é prima do lúppus!E que tenho dx de lúppus.Também comentei que tenho pensamentos de morte,ela disse que iria me internar,eu comentei que estava com medo,que ela não fizesse isso,por conta da greve, que estava faltando tudo,e não queria assustar minha família ,pois escondo os meus sentimentos deles,para não sofrerem,principalmente minha filha que está em recuperação do aborto!Será que tenho isso aí mesmo!? Meu médico fez anotações e me diagnosticou com CID10 F32.2.F60.6,F32.1. E mais não me arrumo pra chamar atenção,nem uso sexo pra atrair ninguém ,moro com uma pessoa há sete anos!O que reclamo é que sou muito faladeira devido ao nervoso e a solidão,e outra tenho vontade de sumir no mundo,sem falar nada pra ninguém,o que reclamo é que ás vezes meus filhos e genro não me suportam,acho que é porque eu moro com a pessoa que eles não gostam e falo demais!Sou cristã,hora estou alegre,hora estou chorosa e triste,amo quando chega á noite e tomo essas drogas e durmo.Só acho ruim de manhã que pareço estar dopada!Tenho deficiência visual:H54.2,H35.3 H35.0,mas não reclamo disso!Sinto dores no corpo,já parei no Samu umas três vezes com crise de hipertensão,faço uso de medicamentos!Será que tenho mais essa TPH!?De 2011 para cá,sofri cervicalgia,falta de liquido sinovial nos ombros,trombofeblite,espassamento de panturilha.Tudo comprovado com exames,já estou há quase três anos encostada(INSS),na verdade precisava de um laudo do meu pisicatra e não dessa médica!Quando saio o meu marido diz:onde você vai desarrumada desse jeito parece uma velha de noventa anos,eu digo pra quê me arrumar se só vou ao médico?Por favor me ajude com uma orientação...sim,tenho 51 anos!

Anônimo disse...

Acho muito estranho,fui diagnosticada com esse Cid a 4 anos,mas sinceramente não me reconheço nenhum pouco nele.
Visto q sou um pessoa super tímida,tenho crisez de ansiedade toda vez que me imagino estar no centro da atenção de qualquer situação,não me arrumo,nem tão pouco tenho atitudes sexuais para atrair a atenção,estou solteira todo esse tempo e simplesmente não sinto falta de nada e nem de ninguém...
Então,sinceramente não entd...

Anônimo disse...

Estranho hj meu medico me diagnosticou..com esse transtorno..e realmente..não sou eu essa pessoa..fao minhas as palavras da anônima..e da cicera..eu tenho fibromialgia..e sou timida e totalmente na minha..ajudo todos da familia..que precisam de mim.mãe irmã filhos..eu mesma vou ficando..como pode achar que sou teatral..e pensar que o mundo gira sobre mim..to BEGE..e se eu não tivesse entrado na net.p ver o que significa esse transtorno..jamais iria saber.fiquei chateada com esse medico..agora ele conseguiu me deixar pior..palmas p/ele

Unknown disse...

Também fui diagnosticada por um psiquiatra de FG0.4 ...... parceiros..sexo....agente quer se isolar....larguei de um namoro de 3 anos...e nem quero saber se macho....isso por que sou militar e disse a ele que havia muito assédio nesse meio.....e isso era nojento....então ele me diagnóstico....como eu fosse a sedutora....depois descobri que ele já foi oficial militar...tudo explicado...que nojo!

Unknown disse...

Também fui diagnosticada com isso q sou invejosa ,q uso sexo p atrair que mundo estou horrorizada não me reconheço nesse diagnóstico tenho depressão já tentei me matar várias vezes e estou odiando depois desse diagnóstico a viver,isso não é humano

Anônimo disse...

gente terrivel,tenho fibromialgia a 3 anos tendinite nos gluteos,fiz varios tratamento passei 2 anos afastada do trabalho ao volta fui supriendida com a minha encarregada mim alertando que minha supevissora estava de olho em mim, pois viu a ex supervisora mim abraçando e pergundando como eu estava, dai quando voltei ao trabalho do inss simplismente ela achou que iria levar informações pra ex chefe, dai em diante as dores da fibromialgia não mim deixaram mais,uma das minhas chefe colocou o dedo na minha cara na frente das pessoas tinha restrições de atividade onde nunca foi comprida,chegaran a manipular meu trabalho pra ve se do um erro, mais graça a deus ve a tempo. largava do trabalho e mesmo assim mim mandavam mensagem com tarefas pra fazer como se eu estivesse no trabalho,depois de uns messes mim colocaram pra trabalhar com a mesma pessoa que colocou o dedo na minha cara, onde comecei a ter crise de hipertençaõ e muita dores to com uma infiltração pra fazer no bloco cirugico e com muito disispero vim a torma varios remedio pra tira minha vida, fui levada pra uma upa e depois tranferida para um hospital particular onde fui para na UTI passei dois dias depois transferida pra um apartamento,só casada a vinte e cinco anos,tenho dois filho tenho uma neta,faço parte da igreja assembleia e não mim visto pra chama atenção tenho vergonha de tudo prefiro mim esconde sempre fico na ultimo banco tenho pavo a mutidão, esse medico que mim deu o laudo mim viu duas vezes em cima de uma cama de hospital coberta de cara limpa em fim como de que parte da minha vida ele mim deu essse diagnostico?